Blogo que nem um doido!

28.10.05

Como está ?

Como está?

Nós, os portugueses, somos um povo muita porreiro porque está sempre tudo bem connosco até aos 35 anos e tudo mal depois disso. É como se naquele dia do aniversário uma pessoa passasse de repente a saber o que são coisas como dores nas costas, impotência ou a gota. Além disso as mulheres começam também a deixar crescer o buço por essa altura.

O problema depois dos 35 é quando perguntamos como estão, quando os encontramos ocasionalmente. Não sei se as pessoas não percebem mas quando um gajo pergunta como está não está realmente à espera que a pessoa responda sinceramente. Podemos incorrer em situações como esta:

Eu: Bom dia, como está?
Velha com mais de 35 anos: Bom dia, nada bem!
Eu: (Imito o smiley que é assim :| e fico na espectativa)
Velha com mais de 35 anos: Com a mudança do tempo vem-me logo a dor nos ossos.
Eu: Pois, o tempo é lixado …
Velha com mais de 35 anos: Como que me ataca os broncos!
Eu: Ya.
Velha com mais de 35 anos: Mas o meu filho está muito bem na universidade. Vai ser doutor. Talvez vá para político que os que lá estão não fazem nada …
Eu: (Interrompo) Desculpe, eu não queria mesmo saber como está. Estava só a ser simpático. Bom dia e adeus.
Velha com mais de 35 anos: Malcriadão…


Além da palavra malcriadão ter pouco ou nenhum estilo, esta uma conversa que penso que quase todos tivemos com a diferença que não temos normalmente a coragem de dizer que realmente não queríamos saber nada daquilo. Todos temos a vizinha cusca e chata. A típica “puta da velha”.

Temos também o lado oposto. Quando encontramos uma pessoa mais próxima e perguntamos como vão as coisas e não respondem devidamente. Isto vendo bem é uma confusão, cada um tem que interpretar os sinais para saber se o outro está mesmo a perguntar ou só a perguntar. É como a conversa de interpretar os sinais das mulheres. Podia sair algo assim:

Eu: Bom dia, como estás?
Colega de longa data: Está tudo bem.
Eu: Mas estás com um penso no olho. Que aconteceu?
Colega de longa data: Nada, tive um acidente.
Eu: A sério? Que tipo de acidente?
Colega de longa data: Pá, daqueles que doem. Eu disse que está tudo bem. Bom dia e adeus.
Eu: Malcriado…


Este caso também é complicado mas ao menos não é usada a palavra malcriadão.

Para resolver este caso é necessário adicionar o factor entusiasmo à coisa. Se a pergunta for feita com vivacidade facilmente será compreendido que é a sério e quer saber. Senão é responder um tudo bem que vão rapidamente às vidas.

Portanto, se me virem na rua, observem bem como vos cumprimento. Para não terem de me chamar malcriadão. Ou algo pior, como patife. Ou burguês.

Adivinha

Qual é coisa qual é ela que todos gostam de dar e ninguém gosta de receber?

O Peido.

27.10.05

How Male Are You?

Nós, os gajos bons e machos, gostamos de fazer coisas machas.

No fundo os gajos normais e machos querem ser metro mas isso dá muito trabalho por isso somos retro e declaramo-lo com orgulho. Como tal, apresento as medidas para um retrosexual de sucesso. Não queria deixar de focar a importância de não fazerem trocadilhos do retro com, digamos, cú. Ou deficiente. Ou outro trocadilho qualquer que venham a fazer e dificilmente terá piada.

Mas estes são os passos essencial para o macho portugal, e respectivas pontuações no íncidice Retrosexual:

- Cuspir para o chão +1
- Cuspir para o chão contra o vento +2
- Cuspir para cima contra o vento +3
- Coçar o rabo uma vez por dia +2
- Coçar o rabo uma vez por dia, dentro das calças +5
- Cheirar a mão depois de coçar o rabo +10
- Dar peidos sozinho +0 (é obrigatório)
- Dar peidos sozinho e rir desalmadamente +2
- Dar peidos sozinho e telefonar aos amigos a contar +3
- Dar peidos em grupo e rir desalmadamente +4
- Incendiar peidos +5
- Usar cabelo puxado para trás com gel +2
- Palitar os dentes +6
- Usar botins +10
- Usar cinto de fivela avantajada e não pertencer a uma banda de sertanejo +5
- Ler A Bola +2
- Ler O Record +3
- Ler -20
- Escrever -30
- Preferir Sagres a SuperBock +5
- Ter Bigode +15
- Ter Mosca -20
- Ter uma bela barriga +10
- Ter uma mulher com uma bela barriga +15
- Ter uma amante com uma bela barriga +20
- Ter filha chamada Kátia +5
- Ter filha chamada Vanessa 0
- Ter filha chamada Kátia Vanessa +10
- Usar camisa dentro das calças +2
- Usar a palavra "frogunete" +13
- Ter unhaca do dedo mindinho para tirar a cera do ouvido +10
- Tomar banho de vez em quando +10

Temos uma escala de -70 a 180. Dêem a vossa pontuação.

25.10.05

Um post pequenino

... em honra aos chineses. Para não ficarem chateados.

I'm Huge in Beijing

Onde estão os chineses velhos?

Quantos chineses velhos é que vocês já viram cá em Portugal? Quantas campas de chineses viram nos cemitérios? Mais importante que tudo, quantas vezes viram o interior da cozinha de um restaurante chinês?

Desconfio que o prato família feliz está de alguma forma relacionado com os velhotes chineses que vão padecendo. Mas não quero ser má-língua.

O que é verdade é que eu não gosto assim muito de chineses. Também não desgosto. Aliás, da maioria dos asiáticos tipo chinês, como os coreanos e os japoneses e não aqueles tipo talibans e coisas dessas. Excepto japonesas vestidas de colegiais e com mamas grandes que gosto à brava, mas isso levar-me-ia a um tema completamente diferente e, provavelmente, bastante mais interessante. E dos coreanos também gosto porque, tal como os japs, têm material electrónico porreiro e como sou meio geek gosto disso.

Mas sinto sempre que os chineses me estão a enganar: vejo uma testemunha de jeová em cada chinês. É que a felicidade com que me tentam impingir algo que nitidamente é de fraca qualidade, como um rádio de 5 euros ou uma daquelas revistas acreditar, só pode trazer água na boca (aí está, novamente, a referência a esse belo programa de televisão e, novamente, a mamas). O que vale é que eles são pequenitos e um gajo pensa sempre que tem o direito de nascença de lhes dar uma carga de porrada se se portarem mal.

Mas xenofobias caricaturadas à parte, os chineses ali ao pé da minha casa fazem uns crepes à moda do avô divinais. A não perder.

24.10.05

Mas isto não tem lógica

- "Queres o Windows XP Pro ?"
- "Não, chega um galão"

Ó tempo, volta pra trás. Volta lá ... vá lá. Ok, não voltas.

Verão Azul, Macgyver, Dartacão, A-Team, Justiceiro, Água na boca, Três Duques, Duarte e Companhia e Dragonball são daquelas séries que, para o pessoal da minha idade, marcaram a nossa infância e adolescência. Especialmente o água na boca que era apresentado por um gajo que era assim tipo o Reinaldo Telles e elas tinham estrelas nas mamas. E o grande ponto alto era quando, assim muito de vez em quando, havia um strip integral no fim. Eu gostava de ver, e o meu avô também, mas a minha avó não achava assim muita piada.

Mas as outras séries são aqueles temas de conversa que hoje em dia, especialmente em noites sem grande tema de conversa e já com uns copos e quissá outras coisas em cima, daquelas que acabamos a cantar as músicas dos genéricos ou a da abelha maia e do kalimero, nos trazem assim aquela saudade dos tempos passados. Tempos esses, passados em frente uma taça de cereais ou uma sandoca de marmelada com queijo e um leite com nesquick. Sim, porque estas séries estavam sempre acompanhadas de refeição.
Ainda me lembro de ver o Macgyver ao mesmo tempo que lanchava e era o melhor momento do dia. O Dragonball a mesma coisa, depois das aulas, era Dragonball e chocapic.

Havia era uma coisa que me irritava à séria. E tenho a certeza que irritava à seria a todos vós. E continua a irritar-me à seria, mas não tanto, só um bocado. Essa coisa era o “continua no próximo episódio”.
Sempre que estávamos quase a ver o Macgyver a matar pela vigésima vez o Murdoch, lá aparecia o “To be continued …” e ficávamos a saber que era dos episódios duplos e tínhamos de aguentar até ao próximo episódio como é que o rapaz morria desta vez.

Mas a pior série, neste aspecto, era o Dragonball. Tendo em conta que cada 30 minutos verdadeiros é um minuto no Dragonball, em cada episódio perdia mais tempo a pensar que não tardava nada ia aparecer a voz do homem a dizer para não perdermos o próximo episódio, porque ele também não ia perder, do que a apreciar a luta que já decorria há 3 meses. O que é injusto porque o senhor que fazia a dobragem certamente que podiam ver os episódios quando quisesse e nós tínhamos, por vezes, de esperar um fim de semana inteiro.

Devíamos acabar com a profissão de quem faz dobragens, que deve ter um nome, tipo “dobrador” ou “doblador” ou “legendador auditivo”. Estes gajos, especialmente os brasileiros, lixaram séries como o justiceiro ou o A-Team, que tinham grandes actores e argumentos. E toda a gente sabe que Duarte e o companhia não tinham aquelas vozes. Nem o chinês – ou japonês.

Por acaso agora lembrei-me de uma graçola. E se no mundo real, pudéssemos ser dobrados? E digo dobrados no sentido auditivo, e não no sentido do movimento pré-anal. Já me consigo imaginar a ir pedir um pastel de nata com o Ruy de Carvalho ao meu lado.

Vigia da Noite

Queria apenas agradecer à review positiva do Vigia da Noite ao meu blog.
Não é para retribuir elogios, mas o blog dele também é bastante interessante e já me deu a descobrir uns quantos blogs por isso visitem-no: http://vigiadanoite.blogspot.com.