Blogo que nem um doido!

16.12.05

Tu devias conhecer-me

Ontem à noite, assim sem saber muito bem como nem porquê, fui ter a uma festa cheia de pessoas do dito jet-set - como por exemplo, ex-concorrentes do BigBrother - e com muitos fotógrafos. Quando entrámos até nos tiraram fotografias e andámos numa passadeira vermelha. E eu gosto muito de passadeiras vermelhas tendo até já pensado meter uma lá em casa assim desde a saída da casa de banho com ramificações para o resto da casa. Assim sentia-me sempre importante.

Depois de entrarmos aquilo estava cheio de gente que são conhecidas. Gente mesmo importante como o Telmo do Big Brother, um gajo daquele programa dos gays que mudam as pessoas e as casas e que não me lembro agora do nome, a Núria Madruga que antes fazia filmes portugueses de sucesso e agora penso que não faz nada e o Unas e o Aldo Lima, gajos que tentam ter mais piada que eu. Ah, também tava o Padre Amaro. Passei a noite toda à procura da Soraia Chaves mas não apareceu.

No entanto, mais importante do que estas pessoas, já por si importantes à brava, eram as pessoas que ninguém conhecia mas tinham aquele ar, aquela confiança, que nos atira à cara: "Tu devias conhecer-me". É que têm tanto ar de estrela que uma pessoa fica naquela "Ah, deve ser artista". Normalmente estes não têm copos na mão porque não têm dinheiro para beber em todas as festas a que vão fingir serem estrelas. Se virem com atenção, é possível detectá-los a roubarem copos do balcão para fingirem que compraram. São pessoas vís.

Depois também há os que não são conhecidos, não fingem que são e tentam convencer-se que toda aquela gente conhecida é perfeitamente normal. E desvalorizam aquela gente que representa alguns sonhos escondidos que têm como possibilidade de ir a encontros de luxúria ou andarem de limousine. Como eu já andei de limousine já vou a meio caminho para a realização pessoal.

Como é obvio a música era má e as moças tinham decotes em que mostravam as mamas, o que compensava a música. Depois haviam imensos homosexuais, o que descompensava as mamas por isso foi assim um bocado igual a nada.


Mas pronto, guardo a satisfação que danço muito melhor que aquela gente. Aliás, melhor que quase toda a gente que conheço menos um rapaz que foi para os alunos de apolo e a quem nunca mais falei.

13.12.05

Injustiça

É só pra dizer que acho uma tremenda injustiça que eu, previamente declarado candidato à Presidência da República, não tenha sido convidado para nenhum debate. Eu e o Vieira. Arrasávamos aquilo.

12.12.05

Wrestling

Eu tenho de confessar que gosto de ver wrestling.

O pseudo-intelectual que há em mim como que tenta lutar contra essa realidade mas a verdade é que sempre que está a dar aquilo na televisão ficou completamente vidrado. Hoje em dia até já sei o nome de alguns dos atletas. Ainda pensei comprar uns óculos de massa preta para compensar o dano, mas eu sou feliz assim.

Penso que a minha grande influência nesta área foi, sem dúvida, o fantástico Tarzan Taborda - que eu quando era pequeno acreditava sinceramente ser o Tarzan da Borda, o que quer que isso queira dizer. Este homem era assim o super-homem português: destemidamente enfrentava qualquer rapaz com idade para ser seu neto num ringe.
Eu tive a oportunidade de estar perto desta lenda viva e foi certamente o momento mais feliz daquele momento, o que já é algo de muito bom. Foi no dramático de Cascais e durante duas horas grunhi e gritei que nem um americano e bebi coca-cola. Vendo bem, faço isso muitas vezes.

De qualquer modo não percebo porque é que as raparigas não gostam de wrestling. Se em todas as despedidas de solteira há gajos musculados, suados e em tanga e elas gostam, não percebo porque não gostam destes. É capaz de ser do alcool. Ou das pilas com véus na testa.

Nós, os gajos, admitimos a nossa grunhice e temos o prazer em ser primários. É como ver filmes do Lorenzo Lamas ou do Steven Seagal: sentimo-nos estúpidos mas de uma forma estranha, isso é reconfortante. No fundo, os homens gostam destas coisas de acção e porrada porque gostavam de poder fazer o mesmo que vêem na tv. Quem me dera conseguir saltar do topo de uma jaula em tronco nú para cima de uma mesa. Ou então dar porrada a 20 madeireiros que aterrorizam um pequena cidade com depósitos tóxicos.

No fundo, todos queremos ser o super-homem português e o Tarzan da Borda é o nosso role-model. Ele e o Carlos Barroca.