Blogo que nem um doido!

7.4.06

Confissões de uma mente destroçada

A pior coisa que uma amiga pode fazer a um rapaz é uma confidência. É exactamente o mesmo que dizer "és meu amigo e digo-te isto porque nem sequer penso em ir para a cama contigo".
Ora, toda a gente sabe que os rapazes apenas têm amigas pela remota possibilidade de conseguirem sexo grátis. Ou conhecerem amigas dessas amigas que lhes forneçam sexo, grátis e bom.

Ao falarem connosco sobre algo pessoal e especialmente sobre outros gajos, estão a considerar-nos o "amigo gay que nem sequer é gay mas é como fosse". Vêem-nos como uma espécie de Malato das relações, o que não é nada bom. Por outro lado, dão-nos trunfos que poderemos usar para, adivinhe-se, fazer chantagem sexual.

No fundo, penso que seria muito mais fácil fazer isto como quando éramos putos. Um simples telefonema.

Rapaz desesperado de carinho: "Olá, não tenho nada para fazer, queres jogar ao bate-pé?"
Rapariga extremamente interessante: "Epá, não sei. Isso não tem só 7 números?"
Rapaz desesperado de carinho: "Pois é. Quarto escuro então?"
Rapariga extremamente interessante: "É uma boa ideia, pode ser. Mas olha que é só a brincar!"
Rapaz desesperado de carinho: "Claro, completamente impessoal. Convidas as tuas amigas da turma de psicologia?"
Rapariga extremamente interessante: "O que quiseres. Em minha casa dentro de meia-hora"

Eu sei que parece um argumento - dos complexos - de fime porno mas quando eramos mais novos era mais ou menos assim que funcionava. E aqui está uma coisa que não devia mudar.

Quem quer brincar ao bate-pé?

De volta e assim para o sério

Pois é, este blog morreu. Ou melhor, esteve em coma, durante estes últimos tempos.

Vejo cada vez mais blogs a serem abandonados ou terminados pois dizem que "acabou o seu tempo" ou "já não faz sentido". A verdade é que a vontade se esgota e a criatividade se esvanece com o passar do tempo. Dá-se a desculpa de o projecto ter atingido o seu fim natural mas apenas se encobre a incapacidade de continuar a escrever conteúdo de interesse para os leitores.

A partir de certa altura, um blog passa a ser refém dos seus leitores. Tem um nível expectável, tem uma linha esperada. A partir desse momento uma pessoa passa a escrever para os outros lerem e não por prazer sendo que rapidamente se chega ao ponto em que acabaram as ideias boas e não se quer desiludir com as más. Isto aconteceu comigo e com muitas outras pessoas, um tempo em que não achava que tivesse nada de interessante para escrever. E então não escrevi.

Mas agora volto, pelo simples facto de me apetecer, inspirado pelo desaparecimento do meu blog preferido: O Acidental.

Eu vou andar por aqui.


 
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